Mal nascera o dia,
no intervalo profundo entre as horas,
pela minha janela entrou um pardal,
que continuou entrando também por minha alma.
Ajeitando-se perto do meu coração,
criou um ninho para aí gerar vida nova.
Lá no fundo de mim,
o pardal cavou-me um fora:
ora em mim agora morre o dia;
ora me nasce , renovada, a aurora.
Todo dia, bem cedinho,
ainda em meio à treva,
assim o pardal me acorda:
"Viver não é para ontem ou amanhã,
mas sempre para agora!"
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