Tudo o que não invento é falso.
Manoel de Barros
“É possível que eu vá à praia amanhã...Mas é possível também que eu vá ao cinema”.Estamos sempre usando essa palavra : possível .Antes de tudo, o “possível” é uma dimensão da vida psíquica : o possível existe para nos dar alternativas, e assim nos possibilitar fazer escolhas. Imaginamos assim que ser livre é fazer escolhas.Julgamos que o futuro é feito de possíveis coisas, não de coisas reais. Quando olhamos para o passado,porém, podemos ter arrependimentos se julgarmos que não fizemos a escolha certa quando tínhamos a oportunidade de fazer uma escolha: “escolhemos ir à praia, quando na verdade deveríamos ter escolhido ter ido ao cinema”.Algo nos diz então, e posteriormente, que não fizemos a escolha certa, e esse algo não estava no possível.Esse algo talvez seja a razão, a consciência, Deus... ou mesmo apenas os fatos.
Contudo, um simples exame da vida evidencia que nunca estamos totalmente no possível. Nós estamos naquilo que imaginamos ser a realidade. A realidade não é o possível, isso parece óbvio aos olhos do senso comum. Entretanto, imaginamos que tudo o que hoje é realidade um dia foi possível, e se tornou realidade seja pelas nossas escolhas, seja pelas escolhas de nossos pais, ou ainda pelas escolhas dos políticos, dos cientistas...enfim,pelas escolhas de um Deus.Mas ao imaginarmos,metafisicamente, que Deus também procede fazendo escolhas ( hipótese do filósofo Leibniz...), isso não seria considerar que o possível existe também para ele?Isso não seria limitá-lo? Deus também não poderia,assim como nós,realizar o impossível?
Aristóteles, por sua vez, não aceita que o possível e o real sejam intercambiáveis. Há algo no Real que nunca foi possível, e há coisas no possível que nunca serão totalmente reais. Há algo no Real que sempre foi real: trata-se, segundo ele, da Forma. O uso do “sempre” acompanhando a ideia de Forma indicaria que ela é eterna,segundo Aristóteles. Se a Forma é eterna,isso significa que ela é sempre a mesma e nunca varia, apesar de variarem os indivíduos que ela determina.Os indivíduos variam não devido à Forma,mas por causa de outra realidade de que também são feitos: a matéria. A matéria é aquilo que ,no possível, nunca será real totalmente, pois quem é real de verdade seria a Forma: a matéria sai do possível e se torna real na medida em que a Forma a determina a ser isto ou aquilo no corpo de algo já organizado pela forma.Aristóteles chamava de “potência” aquilo que existe apenas como possível.
Contudo, somente podemos viver a alternativa entre ir à praia ou ir ao cinema se, antes de tudo, nós existirmos para poder fazer tais escolhas. Enfim, parece que aquilo que chamamos de possível, e para o qual se inclina avidamente nosso desejo através das expectativas e esperanças, parece que o possível não existe tanto quanto o que chamamos de real.Mas por que então não nos contentamos apenas com o real e esqueçamos de vez o possível? Por que criamos um possível que se opõe ao real?Por que necessitamos do possível?
Segundo o filósofo Bergson, além do real e do possível existe ainda uma terceira dimensão. Ele a chama de “virtual”. Muitos confundem o virtual com o possível, outros ainda reduzem o virtual ao possível. Essa confusão e redução é danosa para a plena compreensão do que é o virtual.Por que isso acontece?Isso acontece devido à nossa racional propensão de olhar para o novo com os olhos do que já é dado e conhecido, de olharmos para os processos com os olhos da forma, de olharmos para o infinito com os olhos do finito, enfim,de tentarmos ver Dioniso com as lunetas de Apolo.
Para Bergson, o virtual não é um possível, ele é real. Embora real, ele não está dado como o estão as coisas as quais chamamos de realidade, e que podemos tocar,medir,pesar.O virtual é real, um real diferente daquele que chamamos e reconhecemos como o real onde supomos estar, com todas as nossas certezas e opiniões.
Segundo a tradição, tudo o que é possível pode se realizar desde que não fira a lógica daquilo que já é real, desde que não transgrida a identidade do real. Essa identidade do que chamamos real não sabemos ao certo quem a fez...Alguns dizem que foi a própria razão,outros afirmam que foi Deus, e há aqueles mais pragmáticos que dizem que foi apenas o bom senso...Então, dentre as infinitas coisas que são possíveis,não podemos escolher qualquer uma.Não podemos escolher o que fira a moral, a lei jurídica ou a lógica.Isso seria escolher o impossível. Nessa ótica, o possível é quase um fantasma, um sonho que temos de olhos abertos,sonho este alimentado talvez pelas frustrações daquilo que chamamos de realidade. Assim visto, o possível somente possui mérito se não transgredir as normas do real.O virtual , porém, não é o possível ou o impossível, ele é o necessário: ele é o necessário ato da criação.O virtual é o que cria um novo real, ele é a realidade do novo.
Bergson diz que a oposição entre real e possível nasce de crermos ser o real algo dado,pronto,em si. Enquanto pensarmos assim, a criação e a invenção serão vistas como procedimentos mais ou menos imaginativos que apenas inovam o que já é real, tal como a nova versão 2015 de uma marca de automóvel 2014.Confundiremos e reduziremos a criação ao progresso.Quando olhamos para a criação e a invenção a partir de um real já dado, a arte se torna um clichê a serviço da opinião ou das vendas,seja a venda de mercadorias , seja a venda de ideias, o que acaba se tornando a mesma coisa.
Para Bergson, o virtual não é o possível, vez que o virtual também é real. Mas ele não é um real que se opõe ou nega .O virtual é uma realidade que se difere. Esta é sua natureza: a Diferença.O virtual é diferente de tudo o que está dado,ele é diferente de tudo o que percebemos.Por isso,ele não pode ser reconhecido.Ninguém vê o virtual vindo,embora ele sempre chegue, novo.
”Virtual” procede de virtu ( assim como "virtude"). "Virtu" significa força.Força enquanto potência.Em Bergson, a potência não é um possível, ela é real.A potência não se opõe à forma,porém o encontro da potência com a forma põe esta última em estado de deslimite.Não é mais uma forma que limita,ela se torna forma em rascunho,como uma membrana que aumenta conforme se complexifica seu núcleo,na imanência do qual cresce o embrião de uma vida nova.
O virtual não é algo sem força ou meramente abstrato ou universal. O virtual é o espírito, a força ou potência do espírito, do intangível;o atual é o corpo, o tangível. Espírito provém do latim "spiritus", que é a tradução do grego "pneuma", sopro. O virtual é um sopro de ar novo que impede que sufoquemos. O tangível é uma atualização do intangível,o corpo é uma atualização do espiritual. Toda atualização é uma produção.O intangível produz o tangível não como um tangível produz outro tangível;o espírito produz o corpo não como os corpos se produzem. O intangível produz o sentido do corpo, sentido este inesgotável, e que nunca vai coincidir com um significado dominante invariável. O virtual não é Forma, ele é Força.O espírito é poesia, sopro poético.O virtual produz o atual, mas permanecendo diferente deste. O virtual não é isolado ou transcendente. É do virtual que vem a força que mantém vivo tudo o que é atual,mantendo-o sempre aberto .O virtual é horizonte. “A poesia nos horizonta”, já nos dizia Manoel de Barros.
O virtual, o espírito, é Diferença.Mas o virtual se difere de quê?Antes de tudo e em primeiro lugar, ele se difere de si mesmo, assim como a fonte se difere de si mesma quando produz um riacho que dela nasce e brota, permanecendo-lhe ligado, por mais longe que vá.O virtual é a generosidade que cria e que permanece ligada ao que cria.
Ao diferir de si próprio o virtual produz. O que ele produz? Ele produz aquilo a que chamamos de atualidade.Ao invés do par dicotômico,às vezes conflitante, Real/possível, Bergson nos fala de um impulso, de uma fonte. Esse impulso é fonte e riacho, ele é real de duas maneiras,e não apenas exclusivamente de uma. Para Bergson, então, há dois tipos de realidade: o virtual e o atual. Mas essa realidade somente parece ser duas se nos colocarmos na perspectiva do atual.Quando nos instalamos no virtual,que é o todo movente , percebemos que só existe uma realidade que se autoproduz como duração, impulso.
Duração não é a mesma coisa que o tempo medido por cronômetros e relógios.O tempo do relógio é o tempo espacializado e contado a partir de pontos descontínuos,os quais chamamos de hora, minutos, segundos,milésimos de segundo...O tempo do relógio é o tirano de nossas expectativas.Cada ponto do tempo cronológico é exterior ao outro.O tempo do relógio é o tempo quantificado, isento de qualidade e intensidade.
O virtual não é esse tempo descontínuo e que produz descontinuidade, sobretudo a descontinuidade entre o real e nosso desejo.O virtual é um continuum,uma continuidade. Não a continuidade de uma coisa que segue sendo a mesma enquanto atravessa o espaço, tal como um carro que muda de lugar atravessando os pontos do espaço, mas que permanece a mesma coisa: um carro.O virtual muda enquanto ele avança , ele nunca é o mesmo em cada momento onde ele se atualiza. O virtual se atualiza mudando,variando,devindo: devindo outra coisa.Cada atualização do virtual é, por isso mesmo, uma invenção ou criação.Ele é a continuidade daquilo que muda em cada momento do seu processo.Ele é a continuidade da mudança: ele é desterritorialização absoluta,horizonte absoluto.Ele é abertura.Ele não é a expectativa de que as coisas mudem: ele já é a mudança que nos liberta das expectativas,sobretudo as expectativas das falsas mudanças.
Onde está o virtual? Ele está em tudo,desde que tenhamos olhos para vê-lo. São os “olhos do espírito”,como diz Espinosa, é a “visão fontana”, nos provoca Manoel de Barros.Não se pode olhar para o virtual com os olhos do atual,embora o virtual sempre produza olhares atualmente que possam vê-lo. São olhares que nunca vêem apenas o que está dado, são olhares que vêem não as coisas como um “quê”,e sim vêem o “quem” que está nas coisas,como dizia Guimarães Rosa.E o “quem”, o agente, é sempre um processo, um “sujeito larvar”, diz Deleuze. O atual não é exatamente o presente. O presente passa, ele passa em razão do futuro.O atual se atualiza se diferenciando em relação a si mesmo, aberto ao virtual.
O virtual é um impulso.Quando nos impulsionamos para saltar,chega um momento em que, após corrermos, tiramos os pés do chão e ,atravessando o vazio do espaço, caímos em outro ponto do espaço,pisamos em um lugar novo. Segundo Bergson, o virtual não é um impulso da vida,ele é a própria Vida como impulso. Para se impulsionar, a vida se apóia nela mesma,corre sobre ela mesma e cai em si mesma, nova.Ela não salta para fora de si mesma: seu impulso é criação de si mesma,diferenciando-se,produzindo diferenças, sem se separar de si mesma.A vida não cai longe de si mesma,mas sempre cada vez mais próxima.O impulso da vida é em direção à vida por intermédio da vida.A vida se impulsiona criando vida nova.
Todo processo de invenção vai do virtual ao atual.Aquele que cria já se instala,de alguma maneira, no virtual:ele se instala se desterritorializando, produzindo uma linha de fuga.Mas entre o virtual e o atual não existe uma fronteira demarcando as duas realidades,como a linha de uma fronteira. A linha de fronteira só existe para separar duas coisas que já lhe pré-existem prontas.Assim,o “ponto” onde o virtual se atualiza é o mesmo ponto onde ele se difere de si mesmo como processo de criação de um atual.O atual não é semelhante ao virtual,como se fosse uma cópia.O virtual não é o Modelo do atual.O virtual é uma Diferença que se repete naquilo que dele se difere: ele se repete diferente.O virtual não “progride” em cada atualização que dele nasce. O virtual não progride: ele se difere, e é através dessa diferença que ele produziu que podemos perceber a Diferença como produção, como o Deus-Natura de Espinosa.Somente quando o atual afirma sua diferença é que ele se torna “semelhante” ao virtual:ser semelhante ao virtual é ser diferente, é não ter modelos prévios.Em tudo o que é atual devemos achar o virtual que o fez nascer:na política, na biologia, nas artes,nas maneiras de se viver.Achar o virtual não é negar o atual,e sim compreendê-lo e,quem sabe, agir sobre ele para mudá-lo.Fala-se muito em se ter consciência histórica,para assim alimentar uma consciência crítica. Mas do virtual não se pode ter consciência, e a crítica que ele enseja é inseparável de uma clínica que nos cura de apenas negar o atual em nome de um ideal sem força.
É da sua diferença em relação ao virtual que o atual nasce : é da sua diferença que o atual nasce, pois ele próprio é uma diferença. É permanecendo ligado ao virtual que o atual pode (re)nascer - diferente de si mesmo,mas semelhante ao virtual. O virtual é Diferença pura; o atual é diferença nascida dessa Diferença.
Se formos do atual ao virtual chegaremos a um ponto em que a Diferença, enquanto produtora, mira a sua diferença produzida, e esta àquela?Mas esse ponto não será como um espelho que mostra o modelo e seu reflexo. Diferentemente, esse ponto é semelhante ao de uma metamorfose de uma Diferença que muda para continuar a ser ela mesma,atualizada.E a diferença atualizada, o atual, se abre ao virtual de que proveio e permanece ligada, para reinventar-se terra nova: não terra possível pela qual anseia o desejo neurótico,que confunde o desejo com o prazer, Dioniso com Hedon,mas terra do desejo.E a terra do desejo só existe desterritorializada,como habitação dos nômades,dos inclassificáveis,dos marginais,dos que são “Ninguém”,como atesta Manoel de Barros,ou dos ex-estranhos, como escreve Paulo Leminski. A terra do desejo é ,como diria o poeta, um nadifúndio:não porque lhe falte tudo,mas porque não lhe falta nada.Um virtual é um nada: O Livro sobre Nada é o livro que o ensina.O virtual não é informática, ele é invencionática.
Ser semelhante não é ser idêntico.Uma semelhança é produzida a partir da diferença, ao passo que ser idêntico é negar a diferença. O semelhante à diferença é o diferente.O que é diferente não é uma evolução ou involução, ele é o novo.E do novo não há modelo.O modelo 2015 de um carro 2014 não é um novo carro,mas a reprodução de um modelo que se quer o mesmo como marca.
O atual não é uma forma estática. Todo atual é inseparável de um processo de atualização. Todo atual é um território.E todo território nunca está fechado,uma vez que ele é inseparável de uma territorialização.Assim,todo atual é uma atualização, a começar pelo nosso eu atual, nosso pensamento atual,nosso ser atual. Toda atualização é, em verdade,uma criação, uma invenção. Mataremos o virtual se o olharmos de acordo com aquilo que é atual. Não só mataremos o virtual,também tornaremos o próprio atual sem sentido, e que facilmente se deixará (auto)destruir. Uma das formas de um atual se destruir é definir-se como um “Pós” alguma coisa.O perigo do atual é quando ele se imagina poder existir sem um virtual, e é dessa pretensão que nasce exatamente a ideia de um real que se torna juiz do possível, que se quer a medida do possível.Outro perigo é quando o atual trata o virtual como um atual antigo,clássico, no qual o atual busca seus cânones , ou ao contrário o ataca com agressividade iconoclasta.O virtual não é um antigo atual: ele não é clássico ou moderno e,por isso, nenhum atual lhe pode ser “pós”.
Contudo, o virtual não é um campo de escolhas possíveis,ele é a dimensão da criação.O virtual não é uma coisa, nem o processo de uma coisa.Ele não é apenas político,cósmico,vital,ontológico,poético. Ele é tudo isso,desde que apreendamos mais o processo do que os nomes diferentes pelos quais o chamamos.Ele é o processo do qual nasce toda coisa,bem como todo agente.O virtual é o Deslimite:uma Oficina de Transfazer,como nos ensina Manoel de Barros. No virtual existem apenas as "pré-coisas". O "pré" não indica que lhe falta algo para ser uma coisa. Ao contrário, o "pré" expressa a existência de uma realidade que vem antes de toda coisa. Há sentidos que não podem ser expressos por substantivos, advérbios ou mesmo verbos. Em Manoel, assim como em Deleuze, os prefixos tornam-se ferramentas para a artesania de um sentido a inventar. "Pré-fixo"= o que vem antes de todo fixo. "Fixa" é a forma, o limite. As formas em rascunho, as pré-coisas...antecedem a todo fixo, a todo acostumado que o uso consagra e constitui cartilha. O virtual antecede a todo limite : ele é experiência com o deslimite.
Quando Espinosa dizia que "ninguém sabe o que pode um corpo", não estava a referir-se a um corpo atual, dado, orgânico, narcísico. Ele se referia à parte virtual que todo corpo é. É na atualidade que um corpo se encontra com outro, desse encontro podendo nascer a alegria ou a tristeza, o amor ou o ódio.Porém, o corpo infinito da natureza é a virtualidade da qual cada corpo singular é um modo, uma maneira de ser, uma atualidade. Um corpo somente possui limites em sua relação com outro corpo também limitado. São os seres limitados , finitos, que se autolimitam. Uma onda limita a outra, pois cada uma possui um limite. E é esse possuir cada uma seu limite que possibilita os choques ou a destruição de uma pela outra. Contudo, cada onda também é uma expressão do oceano. O oceano não limita cada onda, uma vez que o infinito não pode negar-se, tampouco pode a onda negar o oceano e ainda ser onda...O oceano é sempre produtivo, afirmativo: cada onda é uma modificação dele, e ele permanece imanente a cada uma de suas maneiras de ser. Quanto mais uma onda afirma o oceano, mais ela se torna a onda com a qual o bom surfista deseja se agenciar e explorar.O que vale para nosso corpo e para o corpo da onda, vale para todo corpo, inclusive o corpo da linguagem. O corpo da linguagem não é a atualidade do "significante" apenas, ele também é o corpo virtual do sentido . O limite é sempre uma abstração nascida de uma vida que perdeu seu virtual, feito uma onda que não se percebe mais parte do oceano ( ou, o que é pior, que se acha um oceano...). É na relação com o virtual que um corpo deslimita os limites que o prendem a um limite que ele cria para si mesmo.
Para os que vivem e sentem a necessidade do criar, essa necessidade nunca é vivida uma questão de escolha. Perceber tudo o que é atual como o fruto de uma atualização é perceber,ao mesmo tempo, que tudo é processo, produção:tudo é forma em rascunho. O atual nunca pode se separar do virtual que o fez e faz nascer, assim como o fruto que permanece ligado à árvore. Contudo, mesmo essa imagem tem seus limites, dado que a árvore também é algo atual. E o virtual nunca poderá ser totalmente atual:pode-se especular acerca do fim da história, mas o virtual somente poderá ter fim se for assassinado pela mediocridade de um modo de vida que não apenas perde o virtual e o possível, como também se torna impossível para si mesma.
Nossa liberdade está em nos tornarmos agentes dos processos de atualização que nos constituem, e isso não é uma questão de escolha ou expectativa futura,mas de necessidade sempre atual .