O
poeta imita, mas ao modo de um camaleão.
E nesse imitar o poeta exerce um “empoemar-se” : escrever poesia “é ir
imitando os camaleões sendo pedra sendo
lata sendo lesma” , ensina Manoel de Barros . Segundo ainda o poeta,
empoemar-se é uma forma de comunhão por imitagem. A
imitagem não é um tornar-se cópia de um Modelo, como em Platão; a imitagem
é a produção de uma variação por contágio, fabricação de um estilo : aprendizagem
não escolar de uma diferença que se afirma compondo-se, em liberdade.
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