Foi no meio da rua,
no seio de tudo.
Ele ia anônimo,
como todo mundo.
E foi assim,
sem roteiro,
sem bula,
sem previsto,
sem conceito;
foi assim que ele viu o acontecimento.
O acontecimento sem nome,
sem hora,
sem padrão.
O acontecimento apenas acontecimento.
E isso era tudo,
bastava,
transbordava,
vivia:
era simples,
era eterno,
mas ainda estava a nascer.
O homem buscou papel,
caneta,
ele queria escrever...
Mas só no coração
o que viu podia caber.
Mas só no coração
o que viu podia caber.
E desde então
não mais escreve:
apenas em ações e gestos
aprendeu a dizer.
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