Segundo a mitologia, assim nasceu a
poesia: certa divindade que seguia um cortejo de Dioniso enamorou-se de uma
ninfa, porém esta fugiu. O apaixonado a perseguiu, mas a ninfa escondeu-se num
lago, metamorfoseando-se em cinco caniços de bambu, para assim não ser achada.
Desistindo de procurá-la, aquele que a desejava sentiu que precisava pôr para
fora o que sentia. Então, ele pegou os
cinco caniços e os amarrou unidos, sem saber que eles eram a metamorfose dela.
Ele começou a soprar no interior dos caniços, e estranhamente sentiu que
naquele sopro reencontrou o que parecia perdido . Assim nasceu a flauta. Pondo
no sopro o afeto, falou cantando o que queria dizer à ninfa, e assim nasceu o
primeiro poema. “Sopro” em grego é “pneuma”; em latim, “spiritus”, “espírito”.
Poesia é o espírito cantando, não importa se canta a dor ou a alegria, o
trágico ou o lírico.
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