Durante as viagens sem rumo dos andarilhos
eles são instalados na natureza igual se fossem uma aurora.
Manoel de Barros
Erguer-se... como se ergue a aurora do seio da noite.
Homero, Ilíada
“O que é verdadeiramente novo nunca vira sucata” , ensina o
poeta Manoel de Barros. “Sucata”,
segundo o poeta, é tudo aquilo que a “velhez venceu”. “Velhez” não é uma vida
perto do fim , velhez é uma vida que se perdeu de seu começo, de seu
“minadouro”, de sua (re)invenção.
Se 2017 está virando sucata, não era ele verdadeiramente o
tempo novo. Se 2018 também vai virar sucata, não acharemos nele o novo que
desejamos . Mas onde achar a “não velhez” do tempo, o seu embrião?
Sem fazer alarde ou
promessas, independente de
tecnologias, a aurora de não importa
qual dia nos dá a resposta, sem exigir champanhe ou fogos em troca: uma aurora
sempre vem para nos lembrar que todo dia
é dia novo! ( e não apenas 1º de janeiro!)
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