Outro mito que lembra o bozo é o de
Procusto, considerado o mito que simboliza a intolerância. Procusto construiu
uma cama e a oferecia para as pessoas se deitarem. Quando as pessoas se
deitavam na cama , porém, nunca ninguém cabia direito nela: às vezes a cama se
mostrava pequena, fazendo sobrarem os pés e a cabeça. Procusto pegava então um
machado e decepava a cabeça de quem acreditou em sua oferta, pois somente se
tornando acéfalo se poderia caber naquela cama. Noutras vezes a cama parecia
exagerada. Procusto amarrava então os pés e as mãos de quem se deitou na cama e
os puxava para forçar os outros a caberem em seu exagero, mas o que ele
conseguia era desmembrar as pessoas , deixando-as sem pernas e braços para
reagirem. Quando as pessoas criticavam aquela cama, Procusto se limitava a
pegar uma régua, a sua régua, e media a cama. Depois ele dizia: “O que vocês
estão criticando? Acabei de medir a cama, ela é perfeita: cada lado é do
tamanho do outro, a cama é homogênea. Se há algum defeito ele está em vocês,
que são heterogêneos e diferentes! Amoldem-se, mesmo que à força, e caberão na
minha ‘Verdade’!”.
( imagem abaixo: "não ao
fascismo"; não por acaso, o símbolo do fascismo é o machado)
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