Não sou criança ou índio ; também não sou bicho ou
planta. Não sou nada disso na medida em
que se considere essas coisas como conjuntos fechados, com identidades fixas,
"cercadas". O que sou? Sou o que vive “entre”, incognoscível: ser de
“nadifúndios”. Sou esses seres menos a
cerca que lhes circunscreve uma identidade, um limite. Assim , “desabro-me
muitos”, empoemando-me outros em meu íntimo. De maneira nomádica, não
identitária, descubro o que em cada ser
há de não nomeável, o que há de
vivo, incercavelmente vivo. E se alguém
apontar para mim um espelho, verá "nada":um devir-imperceptível.
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