Fora da democracia, isto é, fora da divergência argumentada
envolvendo as perspectivas que afirmamos, todo poder se mostra como "teológico-político".
Isso quem ensina é Espinosa. O poder
teológico-político tem uma característica: ele teme a alegria e cultiva a tristeza,
mesmo disfarçada. O “Deus” de tal poder teológico-político nada tem a ver com o
Deus de São Francisco , que também dançava e cantava. Esse “Deus” do poder teológico-político também pode ser um partido, o Mercado
ou apenas a vaidade mesmo. Encontra-se na prefeitura do Rio uma versão desse
tipo de poder ( potesta), que parece querer reviver a caça a Dioniso...O
carnaval é uma das expressões de Dioniso, mas não é a única, e talvez nem seja
a mais forte. A mais forte é a democracia em festa, que há muito não vivemos...
(O triunfo de Dioniso, autor anônimo, século III aC ) |
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