No mundo do
racional Aristóteles, a realidade se divide em realidade primeira e realidade
segunda, esta a depender daquela. A realidade primeira é a substância enquanto
forma pura unida a uma matéria, que é o
suporte da realidade segunda, por Aristóteles chamada de acidentes. São acidentes o tempo, a
quantidade, a qualidade, a ação, o lugar, etc. Os acidentes não existem em si:
eles existem na substância. Da substância dependem os acidentes, e apenas de si mesma depende a substância para existir. É a substância o sujeito da essência. O poeta Dante fará a seguinte pergunta: e o amor, ele é um acidente de uma substância ou a própria essência de uma substância? Se ele for acidente, existirá em outra coisa que não o
amor. Mas pode o amor existir em outra coisa diferente dele? Não pode...Mas se
o amor for a forma de uma substância, não é contrário ao amor ser uma pura forma? O amor morre se for apenas uma pura forma sem corpo; o amor carece de essência se for apenas um acidente.
Para o poeta, o amor é substância cuja essência é amar substancialmente , e que transmuta os acidentes em acontecimentos nos quais existe e persevera , de tal modo que cada tempo é sua hora, cada quantidade é seu número , cada qualidade o colore , cada ação o realiza , cada lugar é sua morada, na vida e poema tornados um.
Para o poeta, o amor é substância cuja essência é amar substancialmente , e que transmuta os acidentes em acontecimentos nos quais existe e persevera , de tal modo que cada tempo é sua hora, cada quantidade é seu número , cada qualidade o colore , cada ação o realiza , cada lugar é sua morada, na vida e poema tornados um.
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