Fui escrever um poema, fiz assim:
peguei uma terra que ninguém queria,
uma terra abandonada,
esquecido chão sem casa.
Não era latifúndio.
Nem posse herdada.
Era terra de ninguém:
subúrbio escondido da alma.
Tirei dela o mato,
expulsei os bichos ruins.
Ampliei-a pelos lados,
arrumei em seu coração um jardim.
Estrelas fiz de semente,
para naquele chão desabrochar infinitos.
Também plantei conchas,
que nunca antes se abriram.
Hoje as conchas frutificaram sorrindo,
florindo o amor que segredavam.
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