Espinosa ensina
que é equivocada a ideia de que “os fins justificam os meios”. As maiores
atrocidades políticas da história foram feitas com base nesse dogma, pois
muitas vezes quando os meios são obtidos, os fins são esquecidos, traídos ou vendidos, muito antes de serem alcançados.
Para Espinosa,
são os meios que são decisivos: são os meios escolhidos que determinam os fins.
Se o fim que escolhermos alcançar for a
justiça social visando uma sociedade mais igualitária , inclusiva e fraterna, nunca podem ser meios para tal fim coisas
como dogmatismo ( religioso ou político) , “tecnicismo
mercadológico” ou a concentração de poder .
O meio é o
caminho a ser feito e criado, muitas vezes abrindo rochas e enfrentando
desertos. Como diz Manoel de Barros: “Não preciso do fim para chegar.”
O simpático
fusquinha azul de Pepe Mujica é mais do que um meio de transporte : o simpático
fusquinha representa a simplicidade , a
generosidade e a modéstia escolhidas como meios para transportar uma vida que,
exemplo para todos nós, uniu a teoria à
prática.
Como ele mesmo dizia: “Pobre é quem precisa de
muitas coisas para viver, e rico é quem escolhe a simplicidade do necessário.”
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