sexta-feira, 27 de junho de 2008




Como se fosse uma cortina,
abri o dia:
era junho,
chovia,
e as horas partiam em bando
para além daqui.

Vi a sombra de um anjo no chão,
apenas a sombra,
como se contra ele estivesse o sol.

Só entendemos o passado
quando ele passa...
E estranha trapaça:
embora fantasma,
ainda nos aquece o seu lençol.

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