Na mitologia, Gaia, a Mãe-Terra, foi
a primeira divindade a surgir: ela emergiu do Caos, tal como uma ilha que sobe
do fundo do oceano.
Em seu sentido originário, “Caos” não
é a mesma coisa que “desordem”, pois a “desordem” é a negação de uma “ordem
estabelecida" , ao passo que o Caos é uma realidade primeira que antecede
toda ordem.
O Caos nada destroi: ao contrário,
tudo dele nasce. E a primeira realidade a nascer dele foi exatamente Gaia, que
os povos originários da nossa América chamam de “Pachamama” ou “Pindorama” ( a
nossa "Mátria").
Depois, de Gaia-Terra nasceu
Uranos-Céu e todas as suas incontáveis
estrelas.
A Gaia-Terra permanecia ligada ao Caos por intermédio de
suas cavernas. E foi de uma dessas cavernas da Terra, transformada em útero
cósmico, que veio ao mundo Eros, o Amor.
O Amor tem por característica
desfazer as fronteiras que individuam e separam
os seres: sob a força do Amor, o dois vira um ( mas sem subtrair , e sim
potencializando, o que cada um tem de único).
Assim, sob a força do Amor a Terra e
o Céu se uniram: as estrelas do Céu se plantaram no seio da Terra, tornando-se
sementes celestes das quais brotaram novas divindades: Cronos ( o Tempo) , Mnemosyne ( a Memória) e Thêmis ( a Justiça).
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