Para quem no inverno acreditou nas sementes já quase mortas,
e ainda as dividiu com quem não as tinha;
e na primavera as
plantou no ventre das horas,
cuidando para que não as sufocasse a erva daninha.
Para quem no verão não festejou antes do momento,
colhendo verde o que ainda precisava de tempo.
Chegou o outono, maio
já não é só promessa :
com alegria e gratidão,
colha o que nasceu do grão ,
sem pressa.
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