quarta-feira, 20 de abril de 2022

os sem teto

 

Cristo também foi um prisioneiro político. Os poderosos de então diziam ser Cristo um “subversivo” . Esses poderosos compraram com dinheiro um dissimulado para ser o traidor e acusador de Cristo.

Depois o exército e a polícia da época colocaram   em marcha a vingança ressentida dos poderosos: Cristo foi então  preso e torturado, e os torturadores torturavam Cristo zombando e rindo.

Alguns militares-torturadores de Cristo zombavam de sua dor imitando seus gemidos, tal como recentemente um fã de torturadores imitou, zombando ,  o sofrimento daqueles que a pandemia matou.

Antes de ser julgado, Cristo já estava condenado, pois o ódio sempre condena antecipadamente o amor quando vai julgá-lo.

Porém , as ações de Cristo continuam vivas naqueles a quem os poderosos chamam de “subversivos”, ontem e hoje.

Também continuam a fazer suas ameaças os torturadores de Cristo, hoje travestidos com outros uniformes , porém ainda cultuadores do dinheiro mefistofélico que quer comprar almas e votos.

Esses cultuadores da tortura são tão cínicos,   que muitos deles hoje se escondem atrás até mesmo do nome de Cristo. Porém,   nas mãos deles imitando arma apontada contra nós, como digitais dos crimes cometidos ao longo da história, está não apenas o sangue derramado de Cristo, pois também estão nas mãos deles o sangue de Zumbi, dos indígenas, dos pobres estigmatizados  nas favelas, das mulheres vítimas do machismo, bem como o sangue dos assassinados  pela milícia , como Marielle .

Os torturadores estão sempre ameaçando sangrar os corpos, inclusive o corpo da democracia. Mas o símbolo da Vida é o sangue correndo nas veias, incluindo as  veias da vida  social e coletiva. São expressões desse sangue vivo  correndo nas veias  : a luta  pela justiça, pelo conhecimento, pela solidariedade e pela empatia, sempre com coragem e sem medo, unindo forças.

 

( imagens : “Cristo sem teto”, obra do escultor Timothy Schmalz; a outra imagem é a do padre Júlio Lancelloti , que foi parado pela polícia durante evento que o padre fazia na Semana Santa para auxiliar  os moradores de rua e sem teto)








 

 

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