Cristo também foi um prisioneiro
político. Os poderosos de então diziam
ser Cristo um “subversivo” . Esses poderosos compraram com dinheiro um dissimulado
para ser o traidor e acusador de Cristo.
Depois o exército e a polícia da
época colocaram em marcha a vingança ressentida dos poderosos:
Cristo foi então preso e torturado, e os
torturadores torturavam Cristo zombando e rindo.
Alguns militares-torturadores de
Cristo zombavam de sua dor imitando seus gemidos, tal como recentemente um fã
de torturadores imitou, zombando , o
sofrimento daqueles que a pandemia matou.
Antes de ser julgado, Cristo já estava
condenado, pois o ódio sempre condena antecipadamente o amor quando vai julgá-lo.
Porém , as ações de Cristo continuam
vivas naqueles a quem os poderosos chamam de “subversivos”, ontem e hoje.
Também continuam a fazer suas ameaças
os torturadores de Cristo, hoje travestidos com outros uniformes , porém ainda
cultuadores do dinheiro mefistofélico que quer comprar almas e votos.
Esses cultuadores da tortura são tão
cínicos, que muitos deles hoje se escondem atrás até
mesmo do nome de Cristo. Porém, nas mãos deles imitando arma apontada contra
nós, como digitais dos crimes cometidos ao longo da história, está não apenas o
sangue derramado de Cristo, pois também estão nas mãos deles o sangue de Zumbi,
dos indígenas, dos pobres estigmatizados nas favelas, das mulheres vítimas do machismo,
bem como o sangue dos assassinados pela milícia , como Marielle .
Os torturadores estão sempre
ameaçando sangrar os corpos, inclusive o corpo da democracia. Mas o símbolo da
Vida é o sangue correndo nas veias, incluindo as veias da vida social e coletiva. São expressões desse sangue
vivo correndo nas veias : a luta pela justiça, pelo conhecimento, pela
solidariedade e pela empatia, sempre com coragem e sem medo, unindo forças.
( imagens : “Cristo sem teto”, obra
do escultor Timothy Schmalz; a outra imagem é a do padre Júlio Lancelloti , que
foi parado pela polícia durante evento que o padre fazia na Semana Santa
para auxiliar os moradores de rua e sem teto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário