Poder não é a mesma coisa que
potência. Poder vem do grego “cratos”, que significa “ação de dominar”.
O auto-crata quer poder para dominar a todos, intimidando com a força bruta fardada e ameaçando as leis; já o demo-crata é aquele cujo poder vem da lei
enquanto expressão do querer coletivo do “demos”, do povo. A lei domina sem
tiranizar, é voz comum da multiplicidade, quando é regra democrática.
Já potência se origina de “potens”,
“possibilidade”. Tudo aquilo que é possibilidade possui um movimento interno
chamado “dýnamis”, do qual nasce “dinâmico” por oposição ao que é estático e
imobilizante.
Por exemplo, a transformação da
semente em árvore implica no movimento dinâmico que acontece no coração da semente, enquanto potência que
desabre, para assim realizar a
possibilidade que já está nela: seu devir árvore.
A vida é sempre dinâmica, já a morte , em seus vários sentidos, é paralisante.
É por isso que os reacionários estão sempre querendo paralisar e imobilizar , pela ameaça ou pelo medo, as dinâmicas criativas e potentes da vida
individual e coletiva.
Somente a democracia permite que as
potências e possibilidades de cada um se realizem nas dinâmicas sociais emancipatórias que constituem a vida da educação pensante e das
práticas culturais livres, plurais.
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