A mídia corporativa ultimamente vem
martelando que o fascista está ganhando
do Lula no mundo virtual. E o motivo dessa derrota seria que a campanha do petista é “analógica” , isto é, mais
jeito de rua e praça do que rede social, ao passo que o fascista saberia
empregar os meios digitais.
Mas
essa análise tendenciosa quantitativista
da mídia corporativa passa por cima das diferenças reais qualitativas , tentando assim escamotear sua posição ambígua atrás da
pseudoneutralidade dos números.
Por exemplo, eles dizem que o
fascista tem milhões de seguidores a mais que Lula; também apontam que o
miliciano possui milhões de citações a mais e coisas do tipo.
Porém, a mídia golpista não esclarece
que muitos desses milhões de seguidores do
fascista são robôs comprados com dinheiro público, e que esse mundo paralelo forma uma rede de ódio semelhante a uma obscura “Matrix”
negadora da realidade .
Esse “a mais” numérico que o fascismo tem é , na verdade, uma
diminuição da nossa qualidade política. Pois mais
fascismo é menos democracia.
A mídia corporativa tenta vender a
ideia de que o miliciano tem sucesso no mundo digital, ao passo que a campanha
de Lula é retrógrada e arcaica por ser “analógica”. O mundo analógico da rua e praça é tão
arcaico , insinua a mídia de forma cínica, que nele ainda existem
sindicalistas, direitos trabalhistas e luta de classes...
Mas essa mídia parece ignorar que pobreza, fome e miséria não são realidades virtuais , e sim analógicas. Também devem ser analógicas as ações reais que podem ajudar a vencer essas mazelas
sociais , ações que devem envolver solidariedade , empatia e consciência social .
Essas ações analógicas progressistas,
convergindo diferenças, são a principal resistência ao fascismo e sua mentalidade de Neandertal, agora armada com celulares.
A questão decisiva não passa pela
diferença entre o “analógico” e o digital, e sim entre a democracia e o fascismo , a pluralidade e o autoritarismo, enfim,
entre os defensores da democracia e aqueles que a querem morta, seja pela
ameaça fascista , seja pela submissão do interesse público aos interesses privados predadores, dos quais
a mídia corporativa é a voz.
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