A palavra “Símbolo” significa: “união das partes”. “Sim” tem o
sentido de “união”, “composição”, “agenciamento”; e “bolos” significa “partes”.
Tudo o que é autenticamente simbólico
vive do agenciamento de partes em razão de um todo. A Constituição, por
exemplo, deveria ser uma realidade simbólica na medida em que ela não é apenas forma jurídica, nem suas verdadeiras partes são apenas letras no papel ou os ministros do
supremo: suas partes de verdade são os
cidadãos que lutam pela justiça e igualdade. Um símbolo é um agente de um agenciamento.
Tudo o que é autenticamente um símbolo não tem valor em si mesmo, isoladamente,
pois sua função é servir de elo ou ponte para que façamos parte de um todo, mesmo que seja um
todo aberto, a fazer-se ( como realidade comum livremente instituída). Quando
os indivíduos agem movidos apenas por seus interesses, eles somente empreendem : tornam-se apenas “empreendedores” ou “indivíduos econômicos” alienados da política. Mas quando agem
ativamente como partes de um todo, cada um se torna um agente da economia política . O contrário de “simbólico” é “diabólico”,
que significa: “separar a parte do todo”. Também pode significar
“esquartejamento” ou “despedaçamento”, como gostavam de fazer os torturadores
idolatrados por esse governo energúmeno. Assim, diabólico é tudo aquilo que
separa, divide , esquarteja, põe existindo sozinho, isolado, como um ego ou gado. O diabólico impede os
agenciamentos, obstrui os caminhos, impede as trocas e contágios. Porém nada é mais diabólico do que um poder que
separa a sociedade daquilo que ela pode , reduzindo-a ao pior dela mesma , como faz esse governo obscurantista ,
este sim diabólico...
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