sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

o diabólico...


A palavra “Símbolo”   significa: “união das partes”. “Sim” tem o sentido de “união”, “composição”, “agenciamento”; e “bolos” significa “partes”. Tudo o que é autenticamente  simbólico vive do agenciamento de partes em razão de um todo. A Constituição, por exemplo, deveria ser uma realidade simbólica na medida em que ela não é  apenas forma jurídica,  nem suas verdadeiras partes são  apenas letras no papel ou os ministros do supremo:  suas partes de verdade são os cidadãos que lutam pela justiça e igualdade.  Um símbolo é um agente de um agenciamento. Tudo o que é autenticamente um símbolo não tem valor em si mesmo, isoladamente, pois sua função é servir de elo ou ponte para que  façamos parte de um todo, mesmo que seja um todo aberto, a fazer-se ( como realidade comum livremente instituída). Quando os indivíduos agem  movidos apenas  por seus interesses, eles somente  empreendem : tornam-se  apenas “empreendedores” ou “indivíduos econômicos”  alienados da política. Mas quando agem ativamente como partes de um todo, cada um se torna um  agente da economia política .   O contrário de “simbólico” é “diabólico”, que significa: “separar a parte do todo”. Também pode significar “esquartejamento” ou “despedaçamento”, como gostavam de fazer os torturadores idolatrados por esse governo energúmeno. Assim, diabólico é tudo aquilo que separa, divide , esquarteja, põe existindo sozinho, isolado, como um  ego ou gado. O diabólico impede os agenciamentos, obstrui os caminhos, impede as trocas e contágios. Porém  nada é mais diabólico do que um poder que separa a sociedade daquilo que ela pode , reduzindo-a ao pior dela  mesma , como faz esse governo obscurantista , este sim diabólico...

 









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