Sêneca[1]
dizia que muitos se preocupam em “como” viver, porém se esquecem que o mais
importante é o “quando”: quando viver? A resposta a essa pergunta nunca pode estar no passado, na mera
recordação de se ter vivido; tampouco no futuro, na expectativa de que, enfim,
se começará a viver.
A resposta adequada à pergunta
“quando viver?” implica sempre o tempo presente: o agora. Viver é sempre agora,
inadiável.
A própria natureza nos ensina que o melhor
“agora” é o agora dos começos: quando o dia nasce.
Como também ensina Goethe, um dia é o
resumo de uma vida inteira. Nossa vida não começou na adolescência, ela começou
quando éramos recém-nascidos. O mesmo acontece com o dia: ele não começa às 10h
da manhã, tampouco ao meio-dia. O dia começa quando o sol nasce.
Segundo Sêneca, o tempo de começarmos
a viver o dia deve ser o mesmo de quando nasce o sol: o primeiro
agora do nosso dia deve ser o mesmo agora
de quando nasce o sol partejado pela aurora.
Aprende a responder o “quando viver”
, vivendo, aquele cujos agoras são precedidos por uma aurora, desde a primeira
até a última hora do dia: e assim será , a cada dia novo , como o sol, recém-nascido, não importando a
idade que se tenha e o quanto se tenha vivido.
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