Heidegger[1]
dizia que assim como muitos objetos que fabricamos e empregamos são feitos de minérios extraídos do ventre da terra , as ideias mais essenciais que pensamos também dependem de um “minério”
a partir do qual são criadas e pensadas. Esse “minério” é o Afeto.
Quanto mais
valioso é o objeto, mais raro e nobre é
o minério do qual ele é feito. Quanto mais vital e potencializadora é uma
ideia, mais singular e raro é o afeto do qual ela proveio. O afeto é o minério
nobre do qual são feitas as ideias que nos são mais necessárias , ideias que também afetam.
Há afetos que
são diamantes, cristais, rubis, esmeraldas...Requerem perseverança para serem extraídos do corpo sensório enraizado na Vida e aberto ao mundo , à terra.
Esses afetos também requerem lapidação e polimento, trabalho
sobre si, como Espinosa polindo com cuidado as lentes de sua mente.
E as ideias que
criamos como expressões desses afetos trazem uma característica que as
distingue: elas brilham e reluzem , preciosas .
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