Um poema, uma música, uma
exposição, um filme...não servem apenas para nos distrair ou fazer passar o
tempo. Uma das funções da arte é a sua função heurística. A palavra
heurística significa “descoberta”.
O famoso cientista,
matemático e pensador Arquimedes estava submergido em sua banheira meditando sobre um problema
aparentemente irresolúvel. Até que, de repente, ele gritou: “Eureka!”.
A palavra eureka é prima
da palavra heurística, e significa: “descobri”. Arquimedes descobriu a solução
para um problema abrindo seu
pensamento à imaginação e à sensibilidade , tal como faz
um artista quando uma ideia nova, como um raio, o ilumina e o faz ver , com olhos novos, a obra por
criar.
A arte também produz
conhecimento. Não um conhecimento teórico para ser decorado e repetido
passivamente, mas um conhecimento que possibilita (re)descobertas, do mundo e
de nós mesmos.
É por isso que a arte
nunca morre ou envelhece: mesmo num poema muito antigo podemos encontrar um
sentido novo que gere descobertas que potencializem nosso existir aqui e agora,
abrindo-nos à construção do futuro. Isso também explica porque os
obscurantistas, presos a passados
autoritários, têm tanto ódio da cultura
e das artes...
Este é o valor maior do
conhecimento: produzir descobertas. Sobretudo aquelas que vêm quando a gente
menos espera, quando imaginamos que não
há saída e tudo está perdido. Até que , de repente, a ideia nova nos ergue e não
submergimos mais, e gritamos: “Eureka!”.
( este livro de Clarice, livro de descobertas, é apenas uma
sugestão de leitura)
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