Como sempre , a mídia comercial segue
no seu papel ambíguo, para dizer o menos, na sua relação com o fascismo-genocida-miliciano
em marcha no Brasil. De olhos e garras nas
negociatas com o patrimônio público, o genocida e sua equipe de predadores sabem
como obter “vistas grossas” de tal mídia: basta anunciar a venda de alguma estatal ou ameaçar o funcionalismo público.
Foi manchete nos jornais e televisões
comerciais o comportamento do genocida
na antessala do auditório do G20 repleta de chefes de Estado. Sem aprofundar na
análise do comportamento do genocida, a mídia resumiu a situação dizendo que
ele estava “deslocado” ou que foi “rejeitado” pelos outros líderes.
Mas o que fica claro é o aspecto
psico-sócio-patológico no comportamento desse néscio. Ele não foi rejeitado
pelos outros, é ele que nega o outro. Mas não é uma negação que se opõe à afirmação,
como o discordar em relação ao
concordar. Ao contrário, é uma negação do outro mais profunda, que acontece no interior do genocida: uma
negação patológica visível em seu “isolamento” existencial no G20.
Esse comportamento é ainda mais doentio no seu ódio às mulheres, pois a mulher é o outro visto
pelo machista como ameaça ao seu patriarcado. O mesmo acontece em relação aos indígenas,
enquanto outro modo de vida não branco-cristão-capitalista-conservador.
Depois, o genocida deu ordens para que seus
assessores-capachos achassem alguém para tirá-lo daquela tortura existencial que deve ser ele
para ele mesmo. Trouxeram pelo braço o Erdogan, presidente da Turquia, que
ficou mudo, pasmo, ouvindo o monólogo delirante do genocida dizendo o quanto
ele , o genocida, era amado pelo povo brasileiro e que o Brasil era o paraíso na terra.
Aquela fala do genocida era uma
espécie de defesa paranoica evocando um amor fantasioso que ele diz receber para assim
tentar se defender do desprezo real que
o cercava, desprezo esse que era o
reflexo exterior do ódio interior que o
genocida tem de si mesmo e do outro .
Como ele não reconheceu no rosto de
Erdogan a expressão bovina daqueles que dizem amém para seu delírio lá naquele
cercadinho de Brasília, a realidade circundante calou o delírio monológico do genocida.
Como última tentativa de se inserir
na realidade, o genocida se aproximou
daquele “cercadinho” onde se encontravam os garçons, pois ali ele podia restabelecer
uma relação de poder na qual ele era o chefe paternalista , tentando reproduzir
a atmosfera do seu “cercadinho” de Brasília.
Então, ali ele pôde ser ele mesmo,
sem os “outros” para atrapalhar, já que os garçons, em sua visão casagrandista
em relação ao trabalhador, não eram bem um “outro”, mas seres que o servem. Ali,
então, o genocida soltou suas piadas de mau gosto, seus chistes homofóbicos, enfim,
zombou dos outros...
Como dizia Aristóteles, é possível ao
sábio esconder sua sabedoria, porém é impossível ao néscio esconder sua ignorância:
basta ele abrir a boca.
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