quinta-feira, 25 de abril de 2019

o que é a filosofia


Oriunda do grego, a palavra “filosofia” nasceu da reunião de duas outras palavras: “philo” e “sophia”. “Philo” significa tanto “amor” como “amizade”. Isso quer dizer que a filosofia não é prática apenas  intelectual , pois ela se nutre também de uma dimensão afetiva, expressa exatamente pelo termo “philo”. “Sophia” é mais do que “razão”. Não por acaso, “Sophia” é nome feminino que nada tem a ver com termos falocráticos. Sophia também é nome de gente, de algo vivo, ao passo que ninguém se chama “Razão”, embora  alguns deliram ser  a encarnação dela: falam como “Oráculos”  e posam como “Gurus”, nisso enganando  apenas os toscos.  Deleuze afirma que a filosofia não é apenas Conceito, ela também é Afeto (este termo não significa a mesma coisa que o mero sentimento   ). Espinosa ensina, por sua vez, que a filosofia é prática que se faz na Alegria. Outros, como Kierkegaard, Heidegger e Sartre, dizem que o pensar é filho da Angústia. Há ainda Aristóteles, para quem a filosofia começa na Admiração. Nunca, absolutamente nunca, algum filósofo ensinou que a filosofia pode nascer do ódio, da covardia, do medo ,  da intolerância ou do apego ao poder. Ao contrário, a filosofia é um esforço para se tentar vencer essas “sombras”, como diria Jung, ou essas “tristezas”, nas palavras de Espinosa. E é antes de tudo naquele que filosofa que a vitória deve anunciar-se primeiro, não para triunfalismos ególatras , e sim  para que suas ideias e palavras sejam antídoto na luta contra as “sombras”, sobretudo as “sombras sociais”. Se alguém se autointitula filósofo, como aquele indivíduo que mora nos EUA,  mas em cada palavra que diz só se vê tolice, ódio , palavrão, “sombras”   e delírios de grandeza, na verdade ele se apresenta como filósofo publicamente  apenas para dissimular  o que no seu íntimo, como os loucos,  ele realmente acha  que é: Napoleão. “Pode-se esconder a sabedoria, porém é impossível esconder a idiotia:  basta abrir a boca”(Sêneca).






Os bruxos ou feiticeiros se diferem dos Caciques ( tanto nas aldeias quanto na  filosofia , pois esta também tem seus Caciques, assim como a política) .Os Caciques imaginam que ter poder é dominar, explorar, vencer, ser o primeiro, derrotar o rival. Os Caciques tendem à paranoia. Já os bruxos-feiticeiros exercem a potência. A potência  é o exercício de descobrir misturas entre seres heterogêneos. Os bruxos-feiticeiros operam por agenciamentos, contágios, mestiçagens. Os bruxos-feiticeiros estão mais próximos dos Guerreiros do que dos Caciques, uma vez que todo bruxo-feiticeiro é um Guerreiro do mundo espiritual. No mundo espiritual  os inimigos são os maus pensamentos, os sentimentos de ódio e tristeza, de tirania e servidão.
Os Caciques moram no centro da taba, ao passo que os bruxos-feiticeiros frequentam as zonas fronteiriças das aldeias, os limiares, tornando-se a ponte entre as aldeias e a floresta imensa. Os Caciques exibem a cabeça dos animais mortos como troféus, já os bruxos-feiticeiros aprendem os signos e as maneiras dos animais nos quais a vida moldou beleza,  força, altivez, independência ,coragem .  Não raro, os bruxos-feiticeiros são aceitos como um deles, aprendendo seus cantos, suas camuflagens, suas velocidades e percepções.


-dia 25 de abril: data em que se comemora a vitória do povo português sobre  as sombras da tirania de Salazar:



Nenhum comentário: