“A universidade deveria ser uma instituição puramente filosófica , uma
faculdade única. Todo o sistema universitário deveria tender para estimular e
exercer, de uma maneira apropriada, a faculdade de pensar.”
Novalis
Oriundo do
grego, o termo “logos” pode significar
“palavra”, “discurso” e “dizer”. “Lógica”, enquanto dizer ou discurso da razão,
nasce de “logos”. As palavras socio-logia, antropo-logia , museo-logia e psico-logia , por exemplo, também têm “logos” em sua grafia e semântica,
pois “logia” igualmente se origina de “logos” e significa “estudo” ( enquanto
discurso científico sobre um objeto ou realidade).
Autoritários
querem sempre impor monólogos , já os
que defendem a liberdade individual do eu e do tu exigem
diálogo “liberal”. Porém, educadores exercitam sempre conversações emancipadoras
, das quais fazem parte não apenas o eu
e o tu, mas também o nós enquanto pluralidade social de perspectivas que podem
convergir sem virar seita, que podem divergir sem gerar ódio.
Platão
imortalizou sua filosofia sob a forma literária do “diálogo”. Contudo, muitos
acusam Platão de disfarçar monólogos sob
a forma de um aparente diálogo, uma vez que é Platão que está por trás dos
diálogos que ele escreve, sempre fazendo prevalecer sua perspectiva ( que está
subtendida mesmo nos chamados “diálogos aporéticos”, nos quais aparentemente
não se chega a uma resposta ou certeza).
Deleuze
propõe um meio de expressão filosófico diferente: a conversação. É como conversação, inclusive,
que a filosofia encontra pontos em comum com a literatura, nos quais um
personagem literário levanta questões que também podemos achar em um filósofo, ou
filósofos que criam conceitos que um personagem literário parece também pensar,
sentir e viver.
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