Os próximos 15 dias serão talvez os
mais decisivos dos últimos anos. Como um cão acuado, temendo as evidências dos
fatos que o ligam à milícia e à corrupção, o presidente miliciano resolveu ir
para o ataque, mas agindo ao modo de todo covarde : usando os outros. A
convocação que seu governo arquiteta e divulga para o dia 15 não é apenas contra deputados e
senadores, essa manifestação visa
atentar contra as instituições. No mínimo, esse miliciano incorreu em delito
mais do que suficiente para afastá-lo do poder pelos meios institucionais.
O povo múltiplo e heterogêneo que
ocupou as ruas durante o carnaval deveria continuar nas ruas até o dia 15, pelo
menos. Ditadura não tolera festa e alegria. O povo que o miliciano convoca passou o carnaval todo acumulando
ressentimento contra aqueles que , cada um com sua diferença, foram às ruas
viver o carnaval. Esses que ainda creem nesse miliciano não estavam nas ruas,
eles destilaram seu ódio contra a festa popular dentro de quarteis, templos e
shoppings. A rua não é deles, eles somente vão às ruas tentando fazer delas a extensão do quartel, do templo e dos condomínios,
pois não toleram lugares abertos , plurais e sem dono: eles temem e odeiam os lugares de miscigenação de ideias e
agenciamentos fortalecendo o comum.
É muito grave a situação. Não sabemos
ao certo quantos ignorantes ainda creem nesse miliciano que não pensará duas
vezes em usar como escudo humano esses incautos.
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