terça-feira, 21 de novembro de 2017

o verossímil e o pseudossímil

verossímil, o “semelhante ao verdadeiro”, não é a mesma coisa que o pseudossímil, o “semelhante ao falso”. Algo que é semelhante ao verdadeiro é aceitável como base de uma argumentação, porque é aceitável o verdadeiro; mas o que é semelhante ao falso não é aceitável, nem como argumentação,  posto que o falso não é aceitável. 
O político “esperto” não tenta fazer passar o falso pelo verdadeiro, pois isso daria muito na pinta,  mas o pseudossímil como se fosse o verossímil. Porém o que parece falsidade não é a mesma coisa do que o que parece  verdade. O que parece falsidade quase sempre o é, já o que parece verdade pode  ser ou não verdade, depende das provas.

Os que argumentam apoiados no verossímil não temem as provas, mas  os que “argumentam” se defendendo com o pseudossímil  agem não visando a verdade, e sim  na esperança de que não sejam achadas as provas de sua falsidade. Sua aparente calma e segurança advém do fato de que sabem que as provas foram ou destruídas ou muito bem escondidas, sob o mar, sob a terra ou sob  (muito)dinheiro. 
O verossímil é o verdadeiro se tentando provar; o pseudossímil é o falso tentando se dissimular.





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