domingo, 29 de março de 2009

jardim de outono 2



O branco puro,
casto de misturas,
cega mais que a noite.

Nem o telefone,
ou o e-mail urgente ,o encontram,
se dentro de nós primeiro não achamos o amigo .

Quando passa a dor,
e o passado retira suas mãos de nossos olhos,
o futuro se deixar encontrar ,
como criança que brincava de esconde-esconde.

Dentro de nós está o que vemos fora:
o infinito do céu , nosso único espelho.

Quando aos nossos olhos fecundou o infinito,
não vemos mais sementes, mas florestas;
não vemos mais florestas,
mas o planeta;
não vemos mais o planeta,
mas a existência inteira:
e esta, tornada visão que se vê,
ensina-nos que vemos mais quando fechamos os olhos.

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