terça-feira, 3 de janeiro de 2023

O avô do mercado

 

Durante os  quatro anos de fascismo autoritário e negacionismo da educação e ciência, ninguém viu o “mercado” nervoso ou agitado. Ao contrário, ele estava bem acomodado : havia um representante dele no governo miliciano , representante esse que se formou sob a  ditadura hedionda  de Pinochet no Chile.

Durante esses mesmos quatro anos a mídia corporativa “escondeu” o  “risco país” ( um aferidor internacional que mede a saúde social de uma nação). Para essa mídia, parece que o fascismo não representou risco aos seus  “negócios”.

Agora, com o retorno de um governo popular, a mídia está ressuscitando o tal “risco país”, dando a entender que a inclusão dos pobres no orçamento é  risco à sua avidez por  lucros.

O tal mercado que hoje faz terrorismo especulativo  frente ao novo governo recém empossado, esse mercado tem um avô: o mercado de escravos.

 Além da colonização e das guerras, o mercado de escravos foi um dos pilares de expansão do capitalismo nascente (sobretudo na exploração da América Latina e África).

Se em 1888 já  existisse  bolsa de valores no Brasil, a notícia sobre a Abolição da Escravatura faria com certeza a bolsa despencar, instrumento que ela seria da Casa-grande.

 

(imagem: Banksy)





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