sexta-feira, 8 de março de 2024

Sofias...

 

A filosofia não nasceu na Grécia. Ela foi deixada lá ainda criança, como aqueles bebês deixados   à porta de alguém que inspira confiança. Inclusive, a tez da filosofia é mais escura e mestiça do que a branca pele grega.

Há quem diga que seus pais eram Egípcios,  povo da África ancestral; outros afirmam que foram sábias gentes do Oriente que  a conceberam; e há quem defenda ainda que os pais da filosofia foram os nômades do deserto que se guiavam pelas estrelas e que nenhum império  , por mais que tentasse, conseguiu prender e escravizar .

A porta em que a filosofia foi deixada para ser cuidada pertencia à casa de um ser humano  digno chamado Tales, morador  de Mileto.

Tales deu o nome de Sofia  à criança, dedicando-lhe amor e amizade. Em grego, amor e amizade se escrevem assim: “philo”.

Tales   criou Sofia e a ensinou a ficar de pé, nunca de joelhos. Com Heráclito , Sofia aprendeu a brincar; com Nietzsche, a dançar; e  a fazer-se mais viva Sofia aprendeu com Espinosa, diante dos  obscurantistas  que a querem morta.

 

(Neste   Dia Internacional de Luta das Mulheres , este livro sobre Sofias é uma boa sugestão)



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