quarta-feira, 9 de março de 2022

ato pela Terra

 

Na mitologia, Gaia, a Mãe-Terra, foi a primeira divindade a surgir: ela emergiu do Caos, tal como uma ilha que sobe do fundo do oceano.

Em seu sentido originário, “Caos” não é a mesma coisa que “desordem”, pois a “desordem” é a negação de uma “ordem estabelecida" , ao passo que o Caos é uma realidade primeira que antecede toda ordem.

O Caos nada destroi: ao contrário, tudo dele nasce. E a primeira realidade a nascer dele foi exatamente Gaia, que os povos originários da nossa América chamam de “Pachamama” ou “Pindorama” ( a nossa "Mátria").

Depois, de Gaia-Terra nasceu Uranos-Céu  e todas as suas incontáveis estrelas.

A Gaia-Terra  permanecia ligada ao Caos por intermédio de suas cavernas. E foi de uma dessas cavernas da Terra, transformada em útero cósmico,  que veio ao mundo Eros, o Amor.

O Amor tem por característica desfazer as fronteiras que individuam e separam  os seres: sob a força do Amor, o dois vira um ( mas sem subtrair , e sim potencializando, o que cada um tem de único).

Assim, sob a força do Amor a Terra e o Céu se uniram: as estrelas do Céu se plantaram no seio da Terra, tornando-se sementes celestes das quais brotaram novas divindades:  Cronos ( o Tempo) ,  Mnemosyne ( a Memória) e  Thêmis ( a Justiça).






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