terça-feira, 2 de novembro de 2021

sociopatias

 

Como sempre , a mídia comercial segue no seu papel ambíguo, para dizer o menos, na sua relação com o fascismo-genocida-miliciano em marcha no Brasil. De olhos e garras  nas negociatas com o patrimônio público, o genocida e sua equipe de predadores sabem como obter “vistas grossas” de tal mídia: basta anunciar  a venda de alguma estatal ou ameaçar  o funcionalismo público.

Foi manchete nos jornais e televisões comerciais  o comportamento do genocida na antessala do auditório do G20 repleta de chefes de Estado. Sem aprofundar na análise do comportamento do genocida, a mídia resumiu a situação dizendo que ele estava “deslocado” ou que foi “rejeitado” pelos outros líderes.

Mas o que fica claro é o aspecto psico-sócio-patológico no comportamento desse néscio. Ele não foi rejeitado pelos outros, é ele que nega o outro. Mas não é uma negação que se opõe à afirmação,  como o discordar em relação ao concordar. Ao contrário, é uma negação do outro mais profunda,  que acontece no interior do genocida: uma negação patológica visível em seu “isolamento” existencial no G20.

Esse comportamento é  ainda  mais doentio no seu  ódio às mulheres, pois a mulher é o outro visto pelo machista como ameaça ao seu patriarcado. O mesmo acontece em relação aos indígenas, enquanto outro modo de vida não branco-cristão-capitalista-conservador.

 Depois, o genocida deu ordens para que seus assessores-capachos achassem alguém para tirá-lo  daquela tortura existencial que deve ser ele para ele mesmo. Trouxeram pelo braço o Erdogan, presidente da Turquia, que ficou mudo, pasmo, ouvindo o monólogo delirante do genocida dizendo o quanto ele , o genocida, era amado pelo povo brasileiro e  que o Brasil era o paraíso na terra.

Aquela fala do genocida era uma espécie de defesa paranoica evocando um  amor fantasioso que ele diz receber para assim tentar se defender do  desprezo real que o cercava, desprezo esse que era  o reflexo exterior do ódio  interior que o genocida  tem de si mesmo e do outro .

Como ele não reconheceu no rosto de Erdogan a expressão bovina daqueles que dizem amém para seu delírio lá naquele cercadinho de Brasília, a realidade circundante  calou o delírio monológico do genocida.

Como última tentativa de se inserir na realidade, o genocida  se aproximou daquele “cercadinho” onde se encontravam os garçons, pois ali ele podia restabelecer uma relação de poder na qual ele era o chefe paternalista , tentando reproduzir a atmosfera do seu “cercadinho” de Brasília.

Então, ali ele pôde ser ele mesmo, sem os “outros” para atrapalhar, já que os garçons, em sua visão casagrandista em relação ao trabalhador, não eram bem um “outro”, mas seres que o servem. Ali, então, o genocida soltou suas piadas de mau gosto, seus chistes homofóbicos, enfim, zombou dos outros...

Como dizia Aristóteles, é possível ao sábio esconder sua sabedoria, porém é impossível ao néscio esconder sua ignorância: basta ele abrir a boca.





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