domingo, 31 de janeiro de 2021

os mercadores de gente

 

Os gregos diziam que a sociedade é composta por três classes: aqueles que a devem governar com leis e regras, os que são imbuídos da tarefa de  cuidar de sua segurança  ( subordinados à Constituição)  e os que vivem do comércio buscando obter lucro e dinheiro. O perigo que a sociedade corre é quando os comerciantes resolvem querer governar. Não há nenhum problema quando o comércio se exerce limitando-se no comprar e vender coisas . O risco supremo é quando da prática do comércio surge a “ideologia  de comerciante” querendo poder para se apropriar do   governo da sociedade. Pois quando essa ideologia  de comerciante domina   também o Estado ,  os que a propagam não mudarão seu  jeito, e assim continuarão  a fazer a única coisa que  sabem : comprar e vender. Dessa vez, no entanto, virarão objeto de comércio realidades  que não deveriam ter preço :como as leis , o ensino, as florestas, os mares, a saúde do povo,  o patrimônio público... ou seja, tudo isso que hoje está a rapinar  o entreguista Paulo Guedes.  Enfim, é o próprio povo, ou parte ingenuamente crédula dele,  que  será comprado e vendido por um preço que a ideologia de comerciante  se esforçará para ser o mais baixo, tirando do povo  direitos; pois quanto mais barato for comprado e vendido o povo,  maior será o lucro de tais  espúrios mercadores de gente,  sempre mancomunados  com os  vendilhões  da fé. Temendo a resistência  do povo que não se vende e luta por seus direitos, a ideologia de comerciante  sempre precisará da ideologia militarista , surgindo  assim a tirania do capital unido às armas que, ora comprando , ora ameaçando,  buscará cúmplices no parlamento, tribunais e  mídias vendidas.




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