sábado, 29 de junho de 2019

rizomas: deleuze, guattari e manoel


Segundo Deleuze & Guattari,  há dois tipos de raízes: as arborescentes e as rizomáticas. A  raiz  arborescente  fica    presa em um ponto , em um lugar ; já  a rizomática tece  linhas de fuga , conexões, para assim se horizontar .  É comum ver   plantas arborescentes aprisionadas por cercas,  mas  as rizomáticas sabem escalar e transpõem todo  muro que as queira cercar.
O autoritarismo    finca suas raízes no Estado  e se arborifica  como poder centralizado  , contudo  a potência democrática é  construção de rizomas em espaços abertos e  a-centrados. Quando  o conhecimento vira objeto de comércio se torna    “Árvore do Conhecimento”  plantada no quintal de  poucos,   mas o educar e o educar-se é      fazer-se  rizoma de um jardim público sem dono ou proprietário  . Os conservadores exaltam a  “árvore genealógica”  plantada no passado , mas  a vida é rizoma que parteja raízes  novas onde elas  pareciam já ter secado : “O andarilho abastece de pernas as distâncias”, ensina o rizomático  Manoel de Barros.



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