Segundo Deleuze & Guattari, há dois tipos de raízes: as arborescentes e
as rizomáticas. A raiz arborescente fica presa em um ponto , em um lugar ; já a rizomática tece linhas de fuga , conexões, para assim se
horizontar . É comum ver plantas
arborescentes aprisionadas por cercas, mas
as rizomáticas sabem escalar e transpõem
todo muro que as queira cercar.
O autoritarismo finca suas raízes no Estado e se arborifica como poder centralizado , contudo a potência democrática é construção de rizomas em espaços abertos
e a-centrados. Quando o conhecimento vira objeto de comércio se
torna “Árvore do Conhecimento” plantada no quintal de poucos,
mas o educar e o educar-se é fazer-se
rizoma de um jardim público sem dono ou proprietário . Os conservadores exaltam a “árvore genealógica” plantada no passado , mas a vida é rizoma que parteja raízes novas onde elas pareciam já ter secado : “O andarilho
abastece de pernas as distâncias”, ensina o rizomático Manoel de Barros.
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