Aquiles vai à frente e puxa os demais. Heitor também fica à
frente, para proteger quem está atrás. Um é amigo da guerra, o outro o é
da paz. Quando ambos se enfrentam, até os deuses param: querem ver qual dos dois pode
mais. Eles lutam não apenas no campo de batalha, eles se enfrentam também no
dos ideais.
Aquiles ama saltar ; Heitor , pés firmes no chão. Aquiles quer sempre
conquistar ; Heitor, defender o irmão.
Se em Aquiles a poesia aos deuses exalta, em Heitor ela é
obra da humana condição.
Entre ambos havia uma muralha: um obstáculo para Aquiles; para Heitor, uma
proteção.
De longe os espreitava Ulisses, o homem da ardilosa
razão. Ulisses não tinha a coragem de Aquiles, tampouco de Heitor o coração. Sua
arma era o cálculo pragmático, a frieza da abstração.
Enquanto os autênticos abertamente se enfrentavam, Ulisses dissimulava sua mesquinha ambição: enquanto lutam os ideais opostos até à morte, ardilosamente Ulisses foge com o ouro na mão.
Enquanto os autênticos abertamente se enfrentavam, Ulisses dissimulava sua mesquinha ambição: enquanto lutam os ideais opostos até à morte, ardilosamente Ulisses foge com o ouro na mão.
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