sábado, 21 de outubro de 2017

palestra: a empoética terapêutica



(resumo da palestra)


                                 Manoel de Barros e a transmutação do sofrimento em poesia

                                                                                             Elton Luiz Leite de Souza[1]


A literatura é uma saúde.
Gilles Deleuze

Manoel de Barros define sua poesia como “Uma Oficina de Transfazer Natureza”[2].  Nessa Oficina há várias ferramentas. Queremos falar de uma ferramenta em especial. Manoel constrói e reconstrói inúmeras coisas com ela. Trata-se não de uma palavra, mas de uma “pré-palavra”: o prefixo “trans”. O pré-fixo é o que vem antes de algo fixo, pronto, fechado. “Fixo”, “acostumado”, é o significado que o uso enrijece: “significar reduz novos sonhos para as palavras”[3] .  Mais do que uma lógica, uma Oficina do Sentido : “Na ponta do meu lápis / Há apenas nascimento”[4] .



[1] Filósofo, autor do livro Manoel de Barros: a poética do deslimite (Editora 7letras/Faperj) ; publicou também   artigos sobre a obra de Manoel de Barros .
[2] O guardador de águas , p. 20
[3] Escritos em verbal de ave.
[4] Encontros: Manoel de Barros . Rio de Janeiro, Azougue, 2010(Org. Adalberto Müller), p. 135.



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