É manhã de quarta-feira,
de um dia de junho;
e chove chove chove...
Abro os olhos, abro a mente,
e deixo que o acontecimento entre.
e chove chove chove...
Abro os olhos, abro a mente,
e deixo que o acontecimento entre.
Não há em mim a menor nostalgia
do que foi, tampouco o lamentar de que não seja dezembro ou janeiro agora .
Não estou na memória, não estou na imaginação: estou inteiro nisto que em mim olha.
Não estou na memória, não estou na imaginação: estou inteiro nisto que em mim olha.
Daqui a pouco abrirei um
livro, agora abro a janela.
Não há em mim desejo de
corrigir a natureza.
Ela não está certa ou errada, ela é.
Ela não está certa ou errada, ela é.
Não sei quantas gotas
essa chuva tem, o que sei é que ela
acontece inteira, nem gota a mais , nem gota a menos.
Não as conto quantas são, apenas apreendo o todo aberto, mantendo-me também aberto, do céu quero-me grato - no sol ou na chuva, no azul ou no cinza.
Não as conto quantas são, apenas apreendo o todo aberto, mantendo-me também aberto, do céu quero-me grato - no sol ou na chuva, no azul ou no cinza.
Atravessa a fina chuva um
bem-te-vi amarelo.
Ele canta, chama por outro - que logo o encontra , ambos num mesmo galho estão agora.
Olham o horizonte o mais longe que podem, não reclamam por isto ou aquilo.
E vão sob a chuva, sabendo que chove, porém suas asas abrem caminho por entre o azar e a sorte .
Ser assim como eles, sendo aqui eu mesmo :para em palavras dizê-los, lá na vida com eles.
Ele canta, chama por outro - que logo o encontra , ambos num mesmo galho estão agora.
Olham o horizonte o mais longe que podem, não reclamam por isto ou aquilo.
E vão sob a chuva, sabendo que chove, porém suas asas abrem caminho por entre o azar e a sorte .
Ser assim como eles, sendo aqui eu mesmo :para em palavras dizê-los, lá na vida com eles.
Chovendo no jardim de inverno |
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