"A nuvem somente pode avançar no céu aberto mudando de forma: apenas assim ela consegue habitar , atravessando, o que não tem fronteira. Nós habitamos dentro de fronteiras, perdemos o aberto, dizemos apenas ‘eu’. Somos como Estados que mantêm exércitos guardando as fronteiras. Precisamos nos desarmar desses exércitos , mesmo que além da fronteira estejam desertos, os quais precisamos atravessar."
Lhasa de Sela (também conhecida como "a cantora nômade")
Quem se aproxima da origem
se renova.
Manoel de Barros
A
Fronteira
(Lhasa)
(Lhasa)
Hoje
volto para a fronteira
Outra
vez tenho que atravessar
É
o vento que me manda
Que
me empurra à fronteira
E
que abre o caminho
E
que desparece atrás
Rastejo-me
sob o céu
E
as nuvens de inverno
É
o vento que as envia
E
não há nada que as faz parar
Às
vezes combate desapiedado
Às
vezes dança
E
às vezes... Nada
Hoje
cruzo a fronteira
Sob
o céu
Sob
o céu
É
o vento que me manda
Sob
o céu de aço
Sou o ponto negro que anda
Às
margens da sorte
http://www.tsf.pt/programa/pessoal-e-transmissivel/emissao/lhasa-de-sela-a-cantora-nomada-893287.html?id=893287
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