terça-feira, 19 de agosto de 2008






Mínimas XXXI


O que pode a arte,
sente-o o que em nós não é obra ainda.

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Quando se abre a flor do amor,
debruça-se o sol para ver chegar a lua.

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Rabisca-se primeiro no coração, antes de toda palavra,
a lição que nenhum livro sabe ainda.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008





RETRATOS

Ao pé da amendoeira
caem inertes as folhas amarelas,
que ainda ontem pareciam eternas.

Mas acima delas,
em verdes folhas inesperadas,
abre-se em broto a vida renovada.